A caminho de Bauru, a deputada federal Renata Abreu encontrou hoje (28) caminhoneiros parados ao longo da estrada. Ela desceu do carro para falar com eles. “Quis saber um pouco mais sobre o movimento. E vi uma situação bem diferente do que a mídia conta”, afirma. Segundo ela, há centenas de caminhoneiros parados ao longo das rodovias e eles não aceitaram o acordo proposto pelo governo federal, contrariando o que alguns meios de comunicação divulgam.
A parlamentar informa que os caminhoneiros com os quais falou não aceitaram o acordo de redução do valor de R$ 0,46 do preço do litro de diesel. “Eles querem mesmo é a manutenção do preço anterior, de R$ 3,09 o litro, durante o ano inteiro, não apenas por 60 dias, como sugeriu o governo”, diz. Renata também conta que viu os caminhões que transportavam materiais de saúde transitando livremente e que vários integrantes da categoria estavam bravos com veículos de comunicação, que informaram que eles não estavam permitindo a passagem desse tipo de produto.
“Os caminhoneiros são resistentes. Eles não vão sair, a paralisação não vai acabar. Enquanto o governo não se mobilizar, vai ser difícil o movimento acabar. A interlocução está falha”, pondera a deputada.
Durante a conversa com os caminhoneiros, Renata Abreu gravou depoimentos desses profissionais e se comprometeu com eles a mostrar a gravação em Brasília.
“Trata-se de um pleito justo, porque o que esses cidadãos e todos nós estamos pagando é a conta da corrupção. Os assaltos a Petrobras é que estão fazendo esse desfalque no Brasil. É uma falta de vergonha que a gente não pode mais aceitar”, conclui a parlamentar, chamando a atenção para que a greve dos caminhoneiros é prova viva de que juntos podemos mudar o país.