A cada seis minutos uma pessoa morre vítima de AVC. E sete em cada dez sobreviventes ficam com sequelas que impedem o retorno ao trabalho. Para mudar essa realidade, a deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP) protocolou o Projeto de Lei 5477/2025, que garante diagnóstico rápido, atendimento especializado e reabilitação integral às pessoas acometidas por AVC.
Hoje, o país conta com pouco mais de 120 unidades especializadas para atender casos de AVC, um número insuficiente diante da gravidade do problema. Em 223, mais de 105 mil brasileiros perderam a vida por causa da doença em 2023, segundo o DataSUS. E os que sobrevivem, enfrentam longas esperas e falta de estrutura para se reabilitar.
“Esses números, mais do que estatísticas, são histórias interrompidas e famílias marcadas pela dor. Ninguém deve morrer por falta de socorro. O Brasil precisa ter ações concretas e rápidas”, afirmou Renata Abreu, que apresentou o projeto durante audiência pública na Câmara, realizada no Dia Nacional de Prevenção e Combate ao AVC.
A proposta da deputada, elaborada em parceria com especialistas e entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de AVC, busca fazer com que o atendimento rápido e a reabilitação sejam prioridade em todo o sistema público de saúde.
“Precisamos criar a Política Nacional sobre o Acidente Vascular Cerebral, para que o atendimento às vítimas seja prioridade em todo o sistema público de saúde”, destacou Renata.
Entre 2019 e 2024, o SUS gastou mais de R$ 910 milhões apenas com internações por AVC — um quarto desse valor foi em UTIs.
Entre as ações previstas no projeto estão:
- Campanhas educativas para ensinar a reconhecer os sinais do AVC e agir rápido;
 - Ampliação do acesso a exames e terapias especializadas;
 - Criação de centros de referência e equipes multiprofissionais em todas as regiões;
 - Reabilitação precoce, com início em até 30 dias após a alta hospitalar;
 - E um sistema nacional de informação, para acompanhar e melhorar cada etapa do atendimento.
 
Para a deputada, o objetivo é claro: garantir que o lugar onde a pessoa mora não determine se ela vai viver ou morrer após um AVC. “Queremos que todos tenham o mesmo direito a um atendimento rápido e de qualidade. Esse é o verdadeiro sentido de cuidar das pessoas”, concluiu Renata Abreu.
Texto – Lola Nicolás
Foto – Robert Alves
								