O Brasil está envelhecendo, e precisa se preparar para essa nova realidade. Pensando nisso, a deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP) apresentou o Projeto de Lei 5432/2025, que cria o Programa Nacional da Longevidade Ativa e Saudável (PNLAS), voltado a transformar o envelhecimento em vida plena, participativa e com propósito.
A proposta estabelece diretrizes para políticas públicas que promovam saúde, autonomia, inclusão e valorização das pessoas com 60 anos ou mais, garantindo um envelhecer digno e participativo.
“Precisamos transformar a longevidade em oportunidade — para as pessoas, para a economia e para o Brasil”, afirma Renata Abreu.
ENVELHECIMENTO RÁPIDO
O País tem hoje mais de 30 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a cerca de 13% da população. Segundo o IBGE, em menos de duas décadas o número de idosos deve ultrapassar o de crianças e adolescentes. E as projeções indicam que até 2045 o Brasil terá 60 milhões de idosos, e em 2070, quase 40% da população estará acima dos 60 anos, mais de 75 milhões de brasileiros.
Esse envelhecimento acelerado impacta diretamente Saúde, Previdência, Habitação e Mobilidade Urbana. O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta que o aumento da população idosa eleva gastos públicos com aposentadorias e cuidados médicos, especialmente no SUS, que já destina bilhões de reais ao atendimento de doenças crônicas e reabilitação.
VIVER MELHOR E MAIS
A proposta de Renata Abreu se inspira no conceito de envelhecimento ativo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que busca otimizar oportunidades de saúde, participação e segurança para garantir qualidade de vida em todas as idades. O objetivo é claro: viver mais deve significar viver melhor.
O programa elaborado pela parlamentar propõe ações intersetoriais em seis áreas estratégicas:
- Saúde e bem-estar: prevenção de doenças crônicas, atenção primária e saúde mental;
- Educação e cultura: inclusão digital e ampliação de universidades abertas à terceira idade;
- Trabalho e renda: estímulo ao emprego e ao empreendedorismo de pessoas com mais de 50 anos;
- Infraestrutura e mobilidade: cidades acessíveis e seguras para todas as idades;
- Proteção e direitos: combate à violência contra idosos e fortalecimento dos canais de denúncia;
- Inovação e economia prateada: incentivo a startups e produtos voltados ao público sênior.
O projeto também cria o Selo Brasil Longevo, que premiará instituições públicas e privadas com boas práticas de promoção da longevidade, e o Fundo Nacional da Longevidade, destinado a financiar políticas e programas voltados à população idosa.
“Viver mais precisa significar viver melhor. O Brasil tem de oferecer qualidade de vida, segurança e dignidade a quem tanto contribuiu com a nossa história”, conclui Renata Abreu, presidente nacional do Podemos.
IDOSOS SUSTENTAM O LAR
Segundo levantamento da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), 91% dos idosos com mais de 60 anos contribuem financeiramente para o sustento da casa, e 52% são os principais responsáveis pela renda familiar. Já estudo da pesquisadora Ana Amélia Camarano, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostra que em 34% dos lares a renda familiar é bancada pelo idoso, e em 21%, chega a 90% ou mais.
Com o PL da Longevidade Ativa e Saudável, Renata Abreu reforça sua atuação em defesa de um Brasil que valoriza todas as idades, e que entende o envelhecer como uma poderosa oportunidade de desenvolvimento humano e social.
Texto – Lola Nicolás
Foto – Divulgação
