Deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu (SP) apresentou à Câmara o Projeto de Lei 4922/2025, que cria a Política Nacional de Educação e Conscientização sobre Endometriose e Saúde Menstrual. A proposta tem como objetivo reduzir o tempo médio de diagnóstico da doença e combater a desinformação e os tabus que ainda cercam o tema no país.
Segundo a parlamentar, o Brasil tem cerca de 7 milhões de mulheres com endometriose, mas o diagnóstico costuma demorar mais de sete anos. “Muitas sofrem em silêncio porque acreditam que a dor intensa durante a menstruação é normal, quando pode ser sinal de uma doença grave”, explica Renata Abreu.
A proposta da autora estabelece ações conjuntas entre União, Estados e Municípios para informar a população, incluir o tema na grade curricular da Educação Básica e capacitar profissionais da Saúde e da Educação. Também prevê campanhas permanentes e formação continuada de gestores e professores para que saibam acolher e orientar mulheres com sintomas da doença.
Renata Abreu argumenta que a medida é fundamental para quebrar o ciclo de desinformação e preconceito que impede o diagnóstico precoce. “Com informação nas escolas e preparo dos profissionais, é possível reconhecer os sinais da endometriose mais cedo, evitar sofrimento e garantir o direito à saúde e à dignidade menstrual”, afirma.
Ela também destaca que o projeto se articula com a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose, criada pela Lei 14.324/2022, ampliando o alcance das ações para o ano todo. Para a deputada, o projeto é uma resposta a uma demanda de saúde pública e justiça social. “Tratar da endometriose é tratar de cidadania. É garantir que nenhuma mulher precise conviver por anos com dor e descaso”, conclui Renata Abreu.
Texto – Lola Nicolás
Foto – Robert Alves