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Renata propõe sessões adaptadas nos cinemas para os autistas

A deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP) quer assegurar o direito de pessoas com autismo assistirem filmes na grande tela dos cinemas. Para tanto, ela protocolou o Projeto de Lei 133/19, tornando obrigatória a adaptação sensorial desses espaços de cultura e entretenimento.

Uma pessoa autista pode achar determinados sons de fundo, que outras pessoas ignorariam, insuportavelmente barulhentos. Isso pode causar ansiedade, extremo desconforto ou mesmo dor física. Mudanças na intensidade da luz no ambiente também podem ser fonte de angústia e desconforto. Outros sofrem imensamente com muito calor ou frio. Característica também comum nas pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) é a necessidade irrefreável de fazer movimentos repetitivos como correr, gritar, caminhar de um lado para o outro, se balançar, rodar ou agitar as mãos, que servem para se acalmar, para o corpo se reequilibrar, para o cérebro lidar com o estresse, para melhorar a atenção, para diminuir a ansiedade e para expressar emoções.

“Para muitas pessoas com TEA permanecer, por todo o período de duração de um longa-metragem, em uma sala de cinema tradicional pode significar barreira ambiental intransponível, por isso, a minha proposta para que se faça a adaptação sensorial das salas de cinema para que o autista também possa desfrutar desse  espaço social e cultural”, explica Renata Abreu.

Tal medida já é informalmente adotada em algumas cidades brasileiras (como no Boulevard Shopping Bauru), numa experiência muito bem-sucedida voltada para crianças com distúrbios sensoriais e suas famílias, conhecida como ‘Sessão Azul’. Criado pelas psicólogas Carolina Salviano e Bruna Manta e pelo gerente de projetos de tecnologia da informação Leonardo Cardoso, o projeto ‘Sessão Azul’ tem levado milhares de crianças autistas ao cinema. Nas sessões adaptadas, realizadas em salas de exibição comerciais, as crianças estão livres dos trailers e das propagandas, o ambiente permanece com algumas luzes acesas, o som é mais baixo e a plateia está livre para andar, dançar, gritar ou cantar à vontade.

“A demanda por essas sessões é enorme e sinaliza que, sem qualquer prejuízo para o exibidor, é possível estender a iniciativa para todos os espaços de exibição cinematográfica deste país, de modo a tornar possível a experiência do cinema às pessoas com TEA, de qualquer idade, na companhia de seus familiares, amigos e parceiros”, complementa Renata Abreu.

 

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